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terça-feira, 25 de setembro de 2012

29.09.12 - Polo estará fechado

Olá alunos

Informo que no dia 29.09.12, próximo sábado, o polo não fará atendimento aos alunos da UNIP, devido a um evento que teremos no colégio.

Atenciosamente.

Carteirinhas - UNIP Interativa

Olá

Chegaram ao polo as carteirinhas dos alunos que iniciaram o curso em agosto de 2012, dando direito a pagar meia entrada em cinemas, teatros e outros eventos.

É só passar lá e retirar.

Serviço Prorroga Boleto

Informamos que no período de 25/09/12 a 05/10/12, na secretaria virtual, menu “Financeiro” estará disponível aos alunos da Graduação, regularmente matriculados, o Prorroga Boleto das mensalidades de agosto e setembro/12.
 
Estas mensalidades poderão ser prorrogadas com o desconto antecipação por uma única vez com o vencimento para 7 (sete) dias.

domingo, 23 de setembro de 2012

Prova - Introdução ao EAD

Olá

    Comunico a todos os alunos que NÃO é realizada prova da disciplina Introdução a Educação a Distância, porém as vídeos-aulas e os exercícios devem ser respondidos normalmente pelo sistema AVA.

Atenciosamente.

CHATs


Muitos alunos, matriculados em disciplinas como Estágio, Orientações e Práticas (cursos de Licenciatura), Trabalho de Curso, entre outros, foram avisados por meio do AVA a disponibilidade de solucionar dúvidas por meio do CHAT.

 
Como os alunos não tem acesso ao chat, só é possível participar comparecendo ao polo. Mais uma vez peço a todos que, caso alguém for comparecer, peço que entre em contato com o polo no dia anterior agendado, para que tenhamos tempo de nos organizar.

 
Agradeço a compreensão de todos.

Consulta aos Gabaritos

Discentes,
     O site de consulta aos gabaritos das avaliações (questões objetivas) foi reformulado. A partir desse semestre, vocês terão a informação de quando sua prova foi corrigida e também quais questões foram canceladas. Os gabaritos ficarão disponíveis sempre 5 dias após a correção da prova.
    Ao acessar o endereço http://www.sepi.unip.br/gabarito2 o aluno será redirecionado para o novo endereço http://controleprovas.unip.br/Alunos.
 
Atenciosamente.

Prova Substitutiva


Alunos,
Informamos que o período para os alunos solicitarem o serviço de Prova Substitutiva pela Secretaria Virtual será:
Cursos Tradicionais: 17/09/12 à 25/10/12
Cursos Tecnológicos: 01/10/12 à 25/10/12
 
A prova substitutiva é aplicada somente aos alunos que não realizaram a prova bimestral, por motivo justificado. O serviço deverá ser solicitado através da secretaria virtual, menu serviços - solicitação de serviços. O deferimento ou indeferimento da solicitação será informado somente após o recolhimento da taxa administrativa.
Vale ressaltar que a data de aplicação da prova substitutiva constante no calendário deverá ser obedecida. Somente serão consideradas as provas substitutivas dos alunos que tiverem o serviço deferido.
  Fiquem atentos!

Orientações de Estudo


Na modalidade Educação à Distância, a principal característica é a possibilidade que você terá em flexibilizar seus horários de estudo e interação pedagógica.

Contudo, é necessário que você tenha disciplina, mantenha sempre atualizado em relação ao andamento do seu curso e tenha muita dedicação nos estudos, pois um dos principais objetivos do EAD é incentivar o aluno para desenvolver o autoestudo.

Para auxiliá-lo, descrevemos a seguir as prioridades que você deve atentar no decorrer do curso:

   • Assista o TUTORIAL AVA, que está disponível na aba Unip Interativa da plataforma. Nesse vídeo tem informações fundamentais para acessar as ferramentas adequadamente.

   • Acesse periodicamente o Calendário Unip Interativa da sua turma;

   • Em caso de disciplina de dependência, acesse: Calendário Unip Interativa Adaptação/Dependência;

   • Leia atentamente todos os avisos postados nas suas comunidades, pois eles, além de reforçar as datas do calendário, ainda podem esclarecer dúvidas quanto às atividades programadas e extras (execução, prazo e envio das atividades extras e trabalhos, cronograma e orientações de provas, palestras, etc.);

   • Não deixe de assistir as vídeoaulas e efetuar a leitura de todo o conteúdo disponível no período, bem como as vídeoaulas instrucionais.

Dúvidas e/ou informações pedagógicas, estaremos sempre à disposição por meio de e-mail ou telefone 0800-010-9000.

Bons Estudos!

DICAS DE ESTUDO


Prezado(a) aluno(a),
       Para uma caminhada de sucesso, é importante atentar-se a alguns pontos:
- Fique em dia com seus estudos, reserve um tempo suficiente para leitura dos materiais, visualização dos vídeos e realização das atividades. Os cursos a distância, diferente do que muitas pessoas pensam, não são cursos direcionados para pessoas que não tem tempo de estudar, mas sim para quem precisa de uma certa flexibilidade de horários;
- A dedicação é a chave do sucesso: busque sempre leituras (livros, revistas, artigos, etc.) complementares acerca dos assuntos abordados em cada disciplina e no seu curso em geral. Além de ser um complemento ao seu aprendizado, também poderão ser utilizadas como atividades complementares (Gestão e Graduação);
- No caso de cursos no formato SEI, tanto os questionários quanto as atividades teleaula validarão a freqüência do aluno, portanto muita atenção para não deixar de realizar nenhuma atividade ao longo das unidades de cada disciplina;
- Para a entrega de trabalhos e/ou atividades via sistema, nunca deixe para o final do período de postagem. Emergências e contratempos acontecem a todo instante, uma eventual falta de energia e/ou queda em sua conexão poderá prejudicar seu desempenho de todo um semestre. Procure sempre respeitar os prazos publicados através dos calendários acadêmicos.
       Para quaisquer dúvidas ou esclarecimentos, procure sempre a Tutoria a Distância através do 0800-010-9000 ou através das ferramentas de comunicação disponibilizadas em seu AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem).

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Feedback - Encontro dia 18.09.12

    Quero agradecer a presença de todos os alunos que compareceram e participaram  da palestra do dia 18 de setembro. Esclarecemos dúvidas sobre as atividades complementares, calendário, fórum, entre outros assuntos abordados. 
   Fico feliz em poder ajudar nesse momento importante da vida de vocês. E contem comigo sempre que precisarem.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Encontro 18.09


    Na próxima terça-feira, teremos uma palestra para tratarmos de atividades complementares e sanar dúvidas diversas, principalmente para os alunos calouros.

    Neste dia, vocês poderão se conhecer, trocar ideias e formar grupos de estudo.

    Então, fica marcado:
Data: 18.09.12
Horário: 19h30
Local: Polo Itaquera

Conto com a presença de todos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

AC - Atividades Complementares


Alunos,

Informamos que já está disponível o link para postagem das atividades complementares dos alunos  matriculados no segundo semestre de 2012, no endereço:http://trabalhosacademicos.unip.br/atividadescomplementares.

Atentem aos prazos:

Turmas 2008/4 e 2009/2-3-4

08/10 – Data limite para postagem das ACs
15/10 – Data limite para validação no polo
                                      

Turmas 2009 / 2010 / 2011 / 2012 (2009-3-4 de Serviço Social)

24/10 – Data limite para postagem
07/11 – Data limite para validação no polo


Lembrem-se de que as atividades entregues pelos(as) alunos(as) precisam ser  validadas pelo polo mediante a apresentação dos  comprovantes (imagens) postadas.

Acessem continuamente o seu calendário acadêmico para se orientar, pois nele deverá constar a relação de datas para entrega de suas atividades complementares.

As informações relacionadas a atividades complementares, bem como o VÍDEO EXPLICATIVO (AULA INSTRUCIONAL – ATIVIDADES COMPLEMENTARES) estão disponíveis na Aba Orientações, item Atividades Complementares, assim como também o manual de postagem.

 Estejam cientes de que os resumos descritivos devem ser produção de cunho próprio, ou seja, contendo um texto elaborado originalmente pelo aluno, não sendo aceitas cópias ou trechos extraídos de outros autores, principalmente sem a devida citação da origem da autoria.

Fórum

Está disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) os fóruns das disciplinas.


Eles estão localizados em "As Minhas Comunidades".









É proposto um tema para cada disciplina. Ali, você pode ler o que outros alunos escreveram e o seu comentário também ficará disponível para todos.

Observe também o menu ao lado, com textos complementares, atividades de apoio, entre outros itens, de acordo com o curso.

Apostilas


Ainda temos muitos alunos que não retiraram as apostilas.
Pedimos que façam isso com urgência. Logo receberemos mais apostilas e precisamos liberar mais espaço.
Assim, no sábado dia 15.09 o polo estará aberto das 09h30 às 12h00.

Caso não possa fazer a retirada pessoalmente, peça a um portador para fazê-lo.

Conto com a colaboração de todos.

Palestra - 15.09.12

 
No sábado, dia 15.09.12 teremos uma palestra transmitida ao vivo, das 10h00 às 12h00.
 
Tema: ECONOMIA VERDE
A palestra versará sobre Mudanças de paradigmas da sociedade visando a preservação ambiental; Sustentabilidade; Rio 92 e Rio + 20; Economia Verde; Economia Limpa; Conscientização das elites.
Palestrante: Luiz Pelegrini
Graduado, Pós Graduado e Mestrando em Administração de Empresas; Consultor Empresarial; Diretor Executivo do Instituto Litoral Verde - OSCIP voltada para a preservação ambiental da Serra do Guararu - Guarujá, SP., Professor da UNIP; Membro Efetivo da Agenda 21 do Guarujá; Vice-Presidente do COMDEMA - Conselho Municipal do Meio Ambiente do Guarujá - SP.

No Brasil, crescimento recente, problemas antigos

Gestão Educacional
Legislação Educacional
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:05 hs.
13/09/2012 - A CM Consultoria disponibiliza em seu Portal o hall de legislações educacionais (Portarias, Pareceres, Resoluções, Despachos, Leis e Súmulas) publicadas pelo Ministério da Educação e Cultura. Acesse em: http://www.cmconsultoria.com.br/legislacoes.php
Fonte: CM Consultoria
 
Tecnologia Educacional
No Brasil, crescimento recente, problemas antigos
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:09 hs.
13/09/2012 - Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2010, um contingente de 144.553 pessoas concluíram cursos de graduação a distância no Brasil. Elas lotariam um estádio quatro vezes maior que o do Pacaembu, na cidade de São Paulo. Os 930 cursos que as abrigavam representam o lado da educação a distância (EaD) mais visível atualmente no Brasil, a graduação.

Por Leonor Assad

Mas a EaD no país também conta com cursos nos níveis fundamental e médio e na pós-graduação. Segundo a sinopse estatística da educação básica, do Inep, em 2011, foram registradas 435.595 matrículas na educação de jovens e adultos (EJA) em cursos semipresenciais, 54% delas no ensino médio. Comparado com os cursos presenciais, esse número é oito vezes menor, revelando que nesses níveis, a EaD ainda não tem tantos adeptos. Somente em 2011, foram registradas quase quatro milhões de matrículas de jovens e adultos em cursos presenciais, com apenas um terço delas no ensino médio (1.322.422). A lacuna ainda é muito grande, visto que o Brasil, segundo dados de 2009 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem uma população de 57,7 milhões de pessoas com mais de 18 anos que não frequenta a escola e não tem o ensino fundamental completo. Portanto, são necessárias políticas que estimulem a ampliação da oferta de EJA por meio de EaD, uma alternativa para jovens e adultos conciliarem trabalho e estudo.

As entidades sociais da indústria e do comércio têm desempenhado um papel importante nesse contexto. O Serviço Social da Indústria (Sesi) oferece cursos a distância de ensino fundamental e de ensino médio direcionados a jovens e adultos. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) oferece cerca de 300 opções de cursos a distância em mais de 20 áreas tecnológicas, desde a formação inicial e continuada até a pós-graduação; além disso, mantém em todo o Brasil cursos a distância de atualização profissional. No Instituto Euvaldo Lodi (IEL), os cursos a distância são para capacitação de empresários. No Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), um dos pioneiros em pós-graduação a distância, a EaD é praticada por meio de cursos formais, da educação básica ao nível superior, e através de teleconferências e do programa radiofônico Sintonia Sesc-Senac. Somente em 2010, foram oferecidos 102 cursos, que receberam mais de 37 mil matrículas.

A história da EaD no Brasil remonta aos anos 1920, com as atividades pioneiras de utilização da radiodifusão, por meio da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (veja reportagem sobre o assunto). Mas, somente em maio de 1996, foi criada no Ministério da Educação ( MEC) a Secretaria de Educação a Distância (SEED). Seu objetivo principal era atuar como agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem, fomentar a incorporação das tecnologias de informação e comunicação e das técnicas de educação a distância aos métodos didático-pedagógicos. Extinta em 2011, os programas e ações da SEED passaram para a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi). Segundo o MEC, com o crescimento da EaD no Brasil, ela passou a ser gerida pelas secretarias convencionais, recebendo o mesmo tratamento que as modalidades presenciais.

Mais de 50% dos cursos de graduação a distância são oferecidos por instituições privadas. As universidades públicas que oferecem cursos de nível superior a distância estão integradas ao Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Instituído em 2006, o sistema UAB funciona como articulador entre as instituições de ensino superior e os governos estaduais e municipais, para atender às demandas locais. O MEC coordena também o sistema Rede e-Tec Brasil, de oferta de educação profissional e tecnológica a distância por meio de cursos técnicos de nível médio, públicos e gratuitos, em regime de colaboração entre União, estados, Distrito Federal e municípios.

Em São Paulo, foi criada em 2008 a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), que oferece cursos semipresenciais e virtuais, como já vem sendo praticado em países como França, Inglaterra e México. Trata-se de uma articulação da Secretaria de Ensino Superior do Estado de São Paulo com as universidades estaduais paulistas e com o Centro Paula Souza, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp), da Fundação do Desenvolvimento Administrativo Paulista (Fundap) e da Fundação Padre Anchieta.

Crescimento recente

De acordo com o MEC, os cursos superiores oferecidos a distância atingem mais de 30% dos 5.561 municípios brasileiros. Tomando-se por base o ano de 2010, constata-se que 14,6% das matrículas na graduação foram em cursos a distância. Dessas, 80,5%, ou seja, 748.577 foram feitas em instituições privadas. Em dez anos, o número de matrículas em EaD cresceu de forma impressionante, passando de 5.359, em 2001, para 930.179, em 2010. No mesmo período, a matrícula em cursos presenciais cresceu 80%.

Mas o perfil do aluno de cursos de graduação a distância é diferente daquele que opta por curso presencial. A média de idade de ingresso nos cursos presenciais é de 19 anos, e nos cursos a distância, sobe para 28 anos. E a média de idade dos concluintes nos cursos presenciais é de 23 anos, enquanto nos cursos a distância é de 31 anos. Outra diferença entre graduação a distância e presencial está na distribuição do número de matrículas por grau acadêmico. Em 2010, na formação presencial, três em cada quatro matrículas foram em cursos de bacharelado, enquanto na EaD predominam matrículas nas licenciaturas. Na estratificação das carreiras, as diferenças são ainda maiores. Mais de 77% dos concluintes de 2010 na graduação a distância são egressos de cursos nas áreas de educação (49,7%) e de gerenciamento e administração (27,6%). Nos cursos de graduação presenciais, essas áreas juntas formaram menos de 40% do total de concluintes em 2010.

A regulação de todos os cursos superiores a distância segue dinâmica semelhante àquela que acontece com os cursos presenciais. No Brasil, as bases legais para a modalidade de EaD foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996. Entretanto, embora responsável pelo credenciamento, o MEC não avalia cursos superiores a distância. Mantém apenas o Sistema de Consulta de Instituições Credenciadas para Educação a Distância e Polos de Apoio Presencial (Siead), no qual é possível verificar a regularidade da instituição.

Tentando preencher a lacuna, a Associação Brasileira dos Estudantes de Ensino a Distância (Abe-EaD) realiza periodicamente uma pesquisa para avaliar o nível de satisfação de estudantes de cursos superiores a distância. Na última pesquisa divulgada, foram ouvidos 16.200 alunos da graduação de 67 instituições privadas de vários estados. No topo da lista, com nota máxima, classificadas como plenamente satisfatórias, aparecem cinco instituições de São Paulo, três do Paraná, duas de Santa Catarina, uma do Rio de Janeiro, uma de Minas Gerais e uma do Distrito Federal.

Problemas antigos

A expansão do ensino superior como um todo no Brasil segue uma tendência mundial, que se deve principalmente ao aumento da demanda social, particularmente por aqueles que querem fazer parte da emergente sociedade do conhecimento, e à necessidade econômica crescente de contratar pessoas qualificadas. Paralelamente, com a inserção cada vez maior de tecnologias de informação e comunicação (TIC), verifica-se o crescimento acentuado da EaD em cursos superiores. Para Nelson Pretto, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), na medida em que equipamentos digitais vão sendo incorporados à vida cotidiana de cada cidadão e, de forma quase automática, no seu exercício profissional, é natural que seja incorporado também às atividades do professor e do aluno: “Não podemos cercear seu uso”, avalia. Mas as tecnologias digitais são meras ferramentas auxiliares dos processos educacionais, acrescenta. Nelson Pretto salienta que, com o desenvolvimento acelerado das TIC, pode-se estimar que muito em breve a distância entre e EaD e a educação presencial diminua, por meio da inserção dessas tecnologias nos processos de ensino-aprendizagem em geral, seja em curso presencial ou a distância.

Raquel Goulart Barreto, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), considera que a valorização das TIC, em si, na maioria das vezes acoplada à defesa da atratividade, se insere no movimento de variar os instrumentos mantendo-se as mesmas e velhas práticas pedagógicas. Assim, a perspectiva da “modernização” pode significar a repetição de ações que eram desenvolvidas com lápis e papel. Segundo ela, o que pode ficar de fora é justamente o conjunto de possibilidades pedagógicas a que remetem os novos meios digitais. Para Barreto, é fundamental superar a reificação das TIC e seus desdobramentos, como a noção de inclusão digital, notadamente quando associada à inclusão social. “Os objetos técnicos, em si, não determinam formas de apropriação pedagógica”, pondera. E acrescenta: “Textos multimidiáticos não são mais fáceis porque tecidos por palavras, imagens, sons etc. A articulação dessas linguagens é uma questão complexa a ser enfrentada quando se trata de críti ca e criatividade”.

Na EaD, e em particular na graduação a distância, uma das críticas é o risco de esvaziamento do trabalho docente, reduzido à realização de tarefas predefinidas, comprometendo a sua autonomia pedagógica. Barreto considera que se as TIC são acompanhadas por cartilhas e materiais semelhantes, a questão de fundo é política: “Tem-se um movimento que começa com parâmetros e diretrizes nacionais e culmina com instrumentos de avaliação unificada”. Ela salienta que, desde as primeiras iniciativas de incorporação educacional das TIC, a formação de professores a distância esteve no centro: “Na medida em que a formação dita presencial ficou em segundo plano, a perspectiva da substituição tecnológica atingiu também as práticas pedagógicas na escola básica”.

Com a expansão da EaD e a transformação de professores e alunos em “consumidores” de materiais prontos, como aulas gravadas, as avaliações unificadas provavelmente apresentarão melhores resultados. Mas Barreto considera que isso não representa diferenças qualitativas nas práticas pedagógicas. “Esta tem sido a opção política no Brasil, de padronizar os procedimentos para os resultados esperados, esvaziando e precarizando o trabalho docente, nas condições concretas em que é produzido”, reforça.

Nelson Pretto considera a EaD fundamental, mas diz que são necessários cuidados para impedir a proliferação de instituições e de cursos de baixa qualidade. “Não basta disponibilizar textos em pdf e recolher respostas em questionários automatizados, prática que tem sido comum tanto em cursos presenciais quanto a distância”. São necessárias condições apropriadas tanto em termos estruturais quanto na capacitação dos docentes. Para ele, os polos de atendimento devem ser efetivamente unidades universitárias, com bibliotecas, computadores, impressoras, conexão rápida. “Não devem ser apenas unidades de apoio, um posto de serviço”, acresenta. O professor da UFBA aponta vários gargalos na EaD, que são os mesmos da educação presencial. Segundo ele, a questão salarial persiste, mas não é o único problema. “Enquanto não dermos condições de trabalho, salários decentes desde a educação básica, e formação continuada, não se pode esperar grandes mudanças apenas porque passamos a utilizar TIC ”. Defensor ardoroso da adoção de tecnologias digitais em todos os níveis e em todas as modalidades de ensino, Pretto salienta que a educação com TIC será fortalecida se tiver professor prestigiado e com condições de trabalho.
Fonte: Portal Com Ciência

Reportagem - EaD

Aceitação à EaD no mercado de trabalho é cada vez maior
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:15 hs.
12/09/2012 - “A educação a distância deixou de ser tendência e hoje é uma lógica em todos os níveis de ensino”, afirma Tiago Sereza, gerente de integração da Catho Educação, ligada ao site de classificados de currículos e vagas de emprego de mesmo nome, que está entre os de maior audiência da América Latina nesse segmento. Segundo Sereza, o mercado de trabalho brasileiro não faz diferenciação entre candidatos formados por cursos presenciais ou a distância: “O que realmente importa é o conhecimento obtido e a aplicação no dia a dia e não a forma utilizada para obter esse conhecimento”, defende. Fredric Litto, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), assume praticamente o mesmo discurso, mas com ressalvas: “Aos poucos, o clima está melhorando. Não está perfeito, mas muita gente reconhece os valores da educação a distância”, avalia.

Determinação, independência, organização e motivação são alguns dos atributos citados tanto por Litto quanto por Ricardo Holz, presidente da Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distância (Abe-Ead), quando se referem aos requisitos para o aluno de EaD ter sucesso em sua formação. Segundo ambos, são características imprescindíveis ao aluno e muito valorizadas no candidato a uma vaga de emprego. Sereza, da Catho, confirma: “Muitas empresas conseguem visualizar no aluno que participa desse modelo de curso (a distância) grandes diferenciais”.

Holz, da Abe-Ead, tem vasta experiência no assunto. Ele terminou o ensino médio por meio do Telecurso 2000, uma parceria da Fundação Roberto Marinho com prefeituras, governos estaduais e entidades privadas, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para complementar, via TV, a educação de quem precisou abandonar os estudos. Depois, Holz fez graduação em gestão pública e MBA na mesma área, ambos os cursos por EaD e na mesma instituição, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Nesse meio tempo, ajudou a fundar a Abe-Ead e abriu uma empresa de consultoria no uso da tecnologia na educação.

“Tenho muito nítido na minha cabeça que eu devo isso à educação, e especialmente à educação a distância”, afirma Holz, que tem viajado por diversos países a fim de conhecer os modelos internacionais de EaD. O modelo brasileiro está bastante avançado, ele garante, mas a principal resistência vem de dentro da academia: “Aqui no Brasil, o MEC (Ministério da Educação) proíbe cursos totalmente online; as avaliações têm que ser presenciais. E eu não estou dizendo que o Brasil está preparado para ter avaliações virtuais, por exemplo, mas essa diferença você percebe nitidamente – lá fora (no exterior), as universidades têm uma liberdade maior sobre como trabalhar o contedo. Aqui no Brasil, existe ainda um pouco de receio”.

Segundo o censo do MEC sobre ensino superior realizado em 2010, cerca de 1 milhão de pessoas estudam à distância no Brasil. Enquanto os cursos de graduação presenciais têm um predomínio de matrículas em bacharelados, a maior parte dos alunos de EaD está matriculada em cursos de licenciatura. O percentual de alunos em cursos tecnológicos de EaD também é muito superior à fatia que esse tipo de formação representa no total de cursos presenciais de graduação.

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O Censo EaD.BR – Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil, realizado anualmente pela Abed, traz dados mais específicos: das matrículas feitas em 2010 em cursos de EaD, 79,5% foram em cursos de graduação, 11,9% em pós-graduação e o restante em educação de jovens e adultos (EJA), em cursos técnicos e outras modalidades de ensino básico. Segundo esse relatório, as instituições privadas predominam no ensino a distância, com 71,9% do total de matrículas. A região Sudeste também concentra a maioria dos alunos matriculados em EaD, com 71% do total.

O estado de São Paulo é o que mais tem cursos em EaD credenciados pelo MEC: são 122 no total, em 268 municípios. Em seguida, vêm os estados de Minas Gerais, com 112 cursos em 189 municípios, e da Bahia, com 105 cursos em 227 municípios. De acordo com a lista de cursos credenciados disponível no site do MEC, as graduações a distância oferecidas pelo maior número de instituições, nesses três estados, são pedagogia e administração, seguidas de perto por gestão de recursos humanos, gestão financeira e ciências contábeis. Holz observa, no entanto, que alguns concursos pblicos para o primeiro ciclo do ensino fundamental, como os que são abertos pela prefeitura de São Paulo, por exemplo, não aceitam candidatos com o diploma de pedagogia obtido em curso de EaD. O nmero de queixas recebidas pela Abe-Ead relacionadas a esse tipo de problema é grande e os concursos públicos que não aceitam diploma de cursos a distância estão sendo questionados na justiça.

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Para o presidente da Abed, qualquer curso pode ser oferecido, senão totalmente, pelo menos parcialmente a distância. Holz endossa: “É óbvio que é importante entender que algumas áreas, em especial a área da saúde, têm obrigatoriedade e necessidade de atividades presenciais que são insubstituíveis. Tomados esses parâmetros, da necessidade presencial de cada profissão, todos os cursos podem ser a distância”. As áreas do mercado com melhor aceitação de profissionais formados em EaD, de acordo com Tiago Sereza, da Catho, são as de tecnologias da informação, administração, marketing e vendas e recursos humanos.

Para Holz, a educação a distância é muito importante para o desenvolvimento do Brasil. “No interior do Brasil é que a gente tem visto o que a educação a distância está fazendo pelo país. Muitos dos alunos de EaD são pessoas que não estariam no ensino superior se não fosse a educação a distância”, afirma. “A expressão ‘à distância’ dá uma conotação ruim, dá a impressão de que você não está presente, e é o oposto. A tecnologia está aproximando as pessoas da educação; estudar à distância não significa não estudar; os cursos não são mais fáceis, eles são mais difíceis”, completa. O resultado é que desde 2007, os graduados por EaD têm conseguido, em média, nota superior aos que cursam ensino presencial no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), segundo o Censo EaD.BR 2011. Holz finaliza: “Hoje em dia, a tecnologia é uma realidade, ela está presente nas nossas vidas e não vai embora. Portanto, ela deve, sim, ser inserida na educação”.

Monique Lopes
Fonte: Portal Com Ciência